quarta-feira, 27 de novembro de 2013

SANTO DO DIA: Santa Catarina de Labouré & N. Sra. das Graças da Medalha Milagrosa

A Devoção à Nossa Senhora das Graças da Medalha Milagrosa

Celebramos neste dia o testemunho de vida cristã e mariana daquela que foi privilegiada com a aparição de Nossa Senhora, a qual deu origem ao título de Nossa Senhora das Graças ou da Medalha Milagrosa. Santa Catarina de Labouré nasceu em Borgonha (França) a 2 de maio de 1806. Era a nona filha de uma família que, como tantas outras, sofria com as guerras napoleônicas.
Aos 9 anos de idade, com a morte da mãe, Catarina assumiu com empenho e maternidade a educação dos irmãos, até que ao findar desta sua missão, colocou-se a serviço do Bom Mestre, quando consagrou-se a Jesus na Congregação das Filhas da Caridade. Aconteceu que, em 27 de novembro de 1830, sua vida se entrelaçou mais intimamente com os mistérios de Deus, pois a Virgem Maria começa a aparecer a Santa Catarina, a fim de enriquecer toda a Igreja e atingir o mundo com sua Imaculada Conceição, por isso descreveu Catarina: "A Virgem apareceu sobre um globo, pisando uma serpente e segurando nas mãos um globo menor, oferecendo-o à Deus, num gesto de súplica.".
Enquanto A contemplava, Catarina ouviu uma voz que lhe disse: "Este globo que vês representa o mundo inteiro e especialmente a França, e cada pessoa em particular. Os raios são o símbolo das Graças que derramo sobre as pessoas que Me as pedem. Os raios mais espessos correspondem às graças que as pessoas se recordam de pedir. Os raios mais delgados correspondem às graças que as pessoas não se lembram de pedir.".

Enquanto Maria estava rodeada duma luz brilhante, de repente, o globo desapareceu e suas mãos se estendem suavemente, derramando sobre o globo brilhantes raios de luz. Formou-se assim um quadro oval, rodeado pelas palavras em letras de ouro"Ó Maria concebida sem pecado, rogai por nós que recorremos a Vós.".

Virou-se então o quadro, aparecendo, no reverso, um " M" encimado por uma cruz e, embaixo, os corações de Jesus e de Maria. E a Santíssima Virgem lhe pede: "Manda cunhar uma Medalha por este modelo; as pessoas que a trouxerem indulgenciada, receberão grandes graças, mormente se a trouxerem ao pescoço; hão de ser abundantes as graças para as pessoas que a trouxerem com confiança.".

E assim foi cunhada, em Paris, esta medalha, que logo s espalhou pelo mundo inteiro, derramando graças tão numerosas e extraordinárias que o povo, espontaneamente, passou a chamá-la: "A Medalha Milagrosa". Nossa Senhora da Medalha Milagrosa é a mesma Nossa Senhora das Graças, por ter Santa Catarina Labouré ouvido, no princípio da visão, as palavras: "Estes raios são o símbolo das Graças que Maria Santíssima alcança para os homens.".

Como disse Sua Santidade Pio XII, esta prodigiosa medalha “desde o primeiro momento, foi instrumento de tão numerosos favores, tanto espirituais como temporais, de tantas curas, proteções e sobretudo conversões, que a voz unânime do povo a chamou desde logo medalha milagrosa“.
Esta devoção nascida a partir de uma Providência Divina e abertura de coração da simples Catarina, tornou-se escola de santidade para muitos, a começar pela própria Catarina que muito bem soube se relacionar com Jesus por meio da Imaculada Senhora das Graças. 
Santa Catarina passou 46 anos de sua vida num convento, onde viveu o Evangelho, principalmente no tocante da humildade, pois ninguém sabia que ela tinha sido o canal desta aprovada devoção que antecedeu e ajudou na proclamação do Dogma da Imaculada Conceição de Nossa Senhora em 1854. 
Já como cozinheira e porteira, tratando dos velhinhos no hospício de Enghien, em Paris. Santa Catarina assumiu para si o viver no silêncio, no escondimento, na humildade. Enquanto viveu, foi desconhecida. Santa Catarina Labouré entrou no Céu a 31 de dezembro de 1876, com 70 anos de idade. Foi beatificada em 1933 e canonizada em 1947 pelo Papa Pio XII. 
Santa Catarina Labouré, rogai por nós!
ORAÇÃO A NOSSA SENHORA DAS GRAÇAS

  Súplica - Ó Imaculada Virgem Mãe de Deus e nossa Mãe, ao comtemplar-vos de braços abertos derramando graças sobre os que vo-las pedem, cheios de confiança na vossa poderosa intercessão, inúmeras vezes manifestada pela Medalha Milagrosa, embora reconhecendo a nossa indignidade por causa de nossas inúmeras culpas, acercamo-nos de vossos pés para vos expor, durante esta oração, as nossas mais prementes necessidades (momento de silêncio e de pedir a graça desejada). Concedei, pois, ó Virgem da Medalha Milagrosa, este favor que confiantes vos solicitamos, para maior glória de Deus, engrandecimento do vosso nome, e o bem de nossas almas. E para melhor servirmos ao vosso Divino Filho, inspirai-nos profundo ódio ao pecado e dai-nos coragem de nos afirmar sempre verdadeiros cristãos. Amém.

 Rezar 3 Ave-Marias.
 - Ó Maria concebida sem pecado, rogai por nós que recorremos a vós.

 Oração Final - Santíssima Virgem, eu creio e confesso vossa Santa e Imaculada Conceição, pura e sem mancha. Ó puríssima Virgem Maria, por vossa Conceição Imaculada e gloriosa prerrogativa de Mãe de Deus, alcançai-me de vosso amado Filho a humildade, a caridade, a obediência, a castidade, a santa pureza de coração, de corpo e espírito, a perseverança na prática do bem, uma santa vida e uma boa morte. Amém.

Santuário de Nossa Senhora das Graças da Medalha Milagrosa - França.

Santuário de Nossa Senhora das Graças da Medalha Milagrosa - França.

Santuário de Nossa Senhora das Graças da Medalha Milagrosa - França.
Cadeira que Nossa Senhora sentou para falar com Santa Catarina.

Santuário de Nossa Senhora das Graças da Medalha Milagrosa - França.
Santa Catarina.

segunda-feira, 25 de novembro de 2013

Memorial - Serva de Deus, Madre Maria do Carmo

Este recinto é um local onde os devotos da Serva de Deus, Madre Carminha, podem conhecê-la melhor tendo um contato mais de perto com os objetos que marcaram sua caminhada como carmelita. Podem ver seu lado alegre, como o gosto que tinha pela musica, sua vida de pobreza, e sem deixar de lado o que mais a marcava sua piedade através de suas muitos Santinhos de orações, seus livros, seus terços e outros objetos devocionais. Também o memorial tem um diferencial as plantas algumas plantadas pela própria pela Serva de Deus e que foram cultivadas pelas irmãs. Outra coisa que chama bastante atenção no memorial são as inúmeras fotografias da Serva de Deus em várias fases de sua vida, fotografias guardadas pela própria Serva de Deus. O memorial fica aberto todos os dias das 8:00 da manhã até as 11:00 e das 14:00 até as 18:00 horas.























Fontes: 

Carmelo de Santa Face - Tremembé

Página Madre Maria do Carmo

Serva de Deus, Madre Maria do Carmo (Carminha) de Tremembé

A CARMINHA DE TREMEMBÉ

Hoje comemora-se o dia da Serva de Deus, Madre Maria do Carmo (Carminha) de Tremembé.


Carmem Catarina Bueno nasceu em Itu/SP, a 25 de novembro de 1898, festa de Santa Catarina de Alexandria. Seus pais eram Teotônio Bueno e Maria do Carmo Bauer Bueno, que apenas contava quinze anos ao dar à luz a sua primogênita. Da mãe herdou o caráter decidido, temperamento ardoroso. Do pai, a alma de artista.
Ao dar-lhe a luz, a jovem mãe esteve com a saúde abalada. “Nhá Cota” (apelido afetuoso dado a D. Maria Justina Camargo Bueno) pediu para cuidar da recém-nascida em Campinas, como fizera com o filho adotivo, Teotônio.
A 12 de fevereiro de 1899 é batizada da Matriz Velha, pelo Pároco Pe. Manuel Ribas D’Avila. Como padrinhos teve Nhá Cota e seu esposo Comendador Francisco de Paula Bueno.
Em Campinas continuou a morar com os pais adotivos, feliz porque muito querida. Em Itu, o lar de seus pais se enriquece com a chegada de outros irmãozinhos: Esther (1901), Francisco (1902), Zey (1904), Dácio (1906) e José (1909).
Aos três anos a menina desaparece de casa e quando enfim a encontram, na Matriz Velha, de joelhos, no altar do Sagrado Coração de Jesus, lhe perguntam o que fazia ali; responde: – “Estou na ‘mixa’ do ‘Colação’ de Jesus!” Muitas outras vezes, ainda, repete a pequenina sua proeza.

Alegria de viver

Gostava de brincar com os companheirinhos no Largo da Matriz, correndo a pedir a bênção de seu pároco, logo que o percebia. Um de seu amigos de infância viria a ser o Bispo de Taubaté, Dom Francisco Borja do Amaral.
Vez por outra Carminha acompanhava Nhá Cota, já viúva, para visitar os papais e maninhos. Em outras ocasiões, a família é que passeava em Campinas.

Suprema recordação

Em junho, meses após a dor de ter perdido seu papai Teotônio, no dia de São Luiz Gonzaga, 21 de junho de 1910, recebe pela primeira vez o beijo de Jesus Eucarístico, “que em Céu a transformou”, pelas mãos de Dom João Batista Corrêa Nery. Carminha teve um intenso desejo de ir para o Céu e não mais se separar de seu Deus!

Na terra carioca

Aos 15 anos vai visitar a “mamãe moça” no Rio, que oito dias depois falece em conseqüência do nascimento de um filho, que a precede 24 horas no túmulo.
O padrasto se vê só e com cinco enteados e solicita a presença de D. Maria Justina junto deles, que se estabelece na terra carioca junto a Carminha.

Idade dos sonhos

Em 1916 vão se estabelecer na formosa Ilha de Paquetá, na Baía de Guanabara, na Praia dos Frades.
Carmem conhece um estudante de engenhariae gostam-se imensamente. Aspiram ao matrimônio, à vida a dois. Traçam planos.

Caminhos de Deus

O estudante pertence a uma família abastada e de meio cultural muito bom, e deseja que Carminha se aprimore nos estudos, indicando-lhe “Sion”. Com o retorno de Nhá Cota para São Paulo, era a ocasião propicia para realizar a vontade do noivo.

Sion

É feliz sua estadia no Colégio. Vai se tornar Filha de Maria, no dia 23 de setembro de 1917, dia em que ouve o chamado do Senhor. Rompe, então, o noivado, escrevendo sincera e delicadamente para aquele que, indiretamente, lhe proporcionara tão grande graça. Fiel por natureza, rezará pelo moço até o fim de sua vida.

Futura carmelita

Nesta ocasião lê “História de uma Alma”, da futura Santa Teresinha. Toma a resolução de ser como Teresa de Lisieux: Carmelita. Escolhe como diretor Dom Francisco de Campos Barreto que a exercitou no amor de Deus e nas virtudes.

Para a meta

Sua mana Esther ao casar-se, em 1920, convida-a e à Nhá Cota para virem para o Rio. Aí frequenta a Capela Nossa Senhora do Carmo, futura Basílica de Santa Teresinha, na Rua Mariz e Barros, onde trabalham os Carmelitas Descalços da Província Romana. É a Divina Providência tudo dirigindo.

1926

É decidida sua entrada no Carmelo São José, no Rio, onde ingressa após a dolorosa separação de Nhá Cota. Fica ao lado dela, sua filha adotiva Emília Souza Aranha, que a leva para Ribeirão Preto (SP). Era o dia 21 de abril de 1926. Vestida de noiva, com o Menino Jesus de Praga nos braços, atravessa a porta do Mosteiro, então na sede provisória (Rua Abílio, 32).
Recebe o Santo Hábito em 24 de outubro de 1926, com nome religioso de Irmã Maria do Carmo da Santíssima Trindade. Apesar de ser feliz, teve suas lutas, dado o temperamento ardoroso e as saudades de Nhá Cota. Mas Jesus vence!

Amém de Deus

No dia de sua profissão temporária escreve em suas anotações: “Quero ser o Amém de Deus”. Em 1928 recebe a última visita de Nhá Cota, que no ano seguinte repousa no Senhor, em Ribeirão Preto (SP).

Sabedoria da humildade

Suas lutas, por causa do temperamento vivo, prosseguem. Tudo faz com exuberância: daí objetos quebrados, derrubados e até um mergulho, de hábito e tudo, num tanque grande de água da pior espécie. Tudo serve para Carminha colocar os alicerces de sua santificação: a humildade, que se reconhece plena de limitações, mas que ousa desejar ser “perfeita como o Pai do Céu”. Para chegar a atingir sua meta, faz o voto de mansidão, a conselho de Dom Barreto, um de seus diretores espirituais.

Estrela de sua vida

Maria é a estrela que guia os caminhos de Irmã Maria do Carmo. Tudo faz para a glória de Maria. A ela entrega a direção de seus atos, suas intenções mais caras.
Exerceu o ofício de Mestra de noviças, sub-priora e finalmente de priora (a primeira após a Fundadora).
Com tudo isto não esquece de dar atenção aos seus manos. Estes, especialmente sua mana Esther, a ajudaram no acabamento da construção do Mosteiro São José do Rio.
Alma profundamente humilde é de extrema delicadeza para com a Madre Fundadora (Madre Benedita de Jesus, Maria e José) e para com as filhas espirituais.

Força da alma

Em 1949 volta a ser mestra de noviças. Sempre fora doente e doente cardíaca. O reumatismo deixa-a entravada, por vezes.
Em 1952 volta a dirigir o Carmelo e aí surge a idéia e a ocasião propícia para a fundação do Carmelo da Santa Face e Pio XII com a visita do “amigo” de infância – já Bispo de Taubaté – Dom Francisco Borja do Amaral. A fundação ocorre em 7 de setembro de 1955. Em 1957 é transladada a Comunidade, em procissão (até filmada). Madre Carminha trabalhava, sofria, rezava. Não lhe foram poupadas as provações. A tudo superava. Em 12 de setembro de 1961, Madre Maria do Carmo passa o governo da casa à Madre Antonieta Maria, ficando responsável pelo noviciado e pelo fim das obras.

“O Esposo espera...”

Em julho de 1965 ouve o primeiro chamado de Deus, numa crise de angina pectoris e a 13 de julho de 1966 falece santamente, vítima de um derrame cerebral (que a acometeu no dia 7 precedente e a deixou em coma profundo). Deixou saudades imensas e logo, do céu, começou a ajudar as filhas e o povo que, a sua intercessão, recorriam humilde e confiantemente.
Havendo, por algum tempo, o projeto de transladar o mosteiro para a cidade de Mairinque (SP) foi necessário em 1974, a abertura do túmulo de Madre Maria do Carmo (que, em 1972, sendo aberto, constatou-se a conservação de seu corpo). Médicos da USP, chefiados por Dr. Mário Degni (segundo laudo médico guardado em nosso arquivo) fizeram o exame do corpo de Madre Carminha e deduziram se tratar de mumificação de cadáver, embora unhas e cabelos só pudessem ser arrancados com pinça. O certo é que o povo reagiu contra nossa mudança e obteve do Sr. Bispo e dos moradores de Tremembé um abaixo-assinado, requisitando a divisão da Comunidade, metade permanecendo em nossa cidade. E foi o que se deu para a alegria de todos.

Causa de Canonização

A lembrança de sua profunda vida mística e suas inúmeras virtudes, dentre as quais se destacava a humildade, levou a Comunidade do Carmelo da Santa Face e Pio XII, após muita oração, a assumir em capítulo (por unanimidade) a introdução da Causa de Canonização de Madre Maria do Carmo, pois acredita que, através desta, Deus será glorificado.
Sua FAMA DE SANTIDADE tomou dimensões maiores, como a Comunidade relata neste fato:
“Em vista da supressão do nosso Carmelo de Tremembé e de sua transferência para a cidade de Mairinque, SP, no sexto aniversário da morte de Madre Maria do Carmo, decidimos fazer a exumação dos seus restos mortais e, qual não foi a nossa surpresa, quando se descobriu seu corpo intacto, inclusive suas vestes e as flores secas e, nem mesmo mau odor exalou de sua sepultura! Foi aí que a cidade de Tremembé mobilizou-se contra a transferência do Carmelo para outra cidade: a Sra. Prefeita Erondina Matos levou ao Sr. Bispo de então - Dom Francisco Borja do Amaral - um abaixo assinado da cidade de Tremembé que desejava enviar ao Papa Paulo VI. Foi acompanhada das principais personalidades da cidade, prometendo que, se as Irmãs consentissem em ficar, teriam ajuda em tudo. Hoje, consideramos esse acontecimento como o primeiro milagre de Madre Maria do Carmo. A então popularmente chamada ‘Santinha da Ponte’ continua atraindo os olhares do povo tremembeense, que diz alcançar inúmeras graças por sua intercessão.”
Sua canonização contribuirá para manter vivo e espalhar seu ideal: adorar a Sagrada Face de Cristo e reparar os ultrajes contra ela cometidos. Também fortalecer no coração dos fiéis o Sensus Eclesiae que a levava a uma imolação constante pelo Pontífice reinante, através do exercício diário da Via-Crucis e de uma vida totalmente doada, na simplicidade, humildade e caridade, que atinge seu ápice na unidade entre as pessoas – ‘CONGREGAVIT NOS IN UNUM CHRISTI AMOR!’ (Este era um dos seus lemas).
Assim, se um dia a Igreja achar conveniente, seja reconhecida a santidade desta Carmelita.



Fonte:
Carmelo da Santa Face - Tremembé

Santo do Dia: Santa Catarina de Alexandria

“... Assim implorei e a inteligência me foi dada; supliquei e o espírito da sabedoria veio a mim. Eu preferi aos cetros e tronos, e avaliei a riqueza como um nada ao lado da sabedoria”. (Sab. 7, 7-8)

Nascida em Alexandria, recebeu uma ótima formação cristã. É uma das mais célebres mártires dos primeiros séculos, um dos Santos Auxiliadores. O pai, diz a lenda, era Costes, rei de Alexandria. A pequena Catarina era dotada de uma beleza incomparável, porém destacava-se pelo seu espírito alegre e despojado. Desde muito cedo demonstrou uma inteligência clara e brilhante; teve como mestres os sábios de Alexandria e, tão rápidos foram seus progressos, que aos 13 anos era mestra das sete artes: eloqüência, poesia, música, arquitetura, escultura, plástica e coreografia. Ela própria era, aos 17 anos, a mais bonita e a mais sábia das jovens de todo o império; esta sabedoria levou-a a ser muitas vezes invocada pelos estudantes. Anunciou que desejava casar-se, contanto que fosse com um príncipe tão belo e tão sábio como ela. Esta segunda condição embargou que se apresentasse qualquer pretendente.


“Será a Virgem Maria que te procurará o noivo sonhado”, disse-lhe o ermitão Ananias, que tinha revelações. Maria aparece, de fato, a Catarina na noite seguinte, trazendo o Menino Jesus pela mão. “Gostas tu d’Ele?”, perguntou Maria. -"Oh, sim”. -”E tu, Jesus, gostas dela?” -”Não gosto, é muito feia”. Catarina foi logo ter com Ananias: “Ele acha que sou feia”, disse chorando. -”Não é o teu corpo, é a tua alma orgulhosa que Lhe desagrada”, respondeu o eremita. Este instruiu-a sobre as verdades da fé, batizou-a e tornou-a humilde; depois disto, tendo-a Jesus encontrado bela, a Virgem Santíssima meteu aos dois o anel no dedo; foi isto que se ficou chamando desde então o “casamento místico de Santa Catarina”Desejosa em cumprir o que prometera em sonho, Catarina procura ainda mais, instruir-se nas verdades da fé, e, assim sendo, recebe o Santo Batismo. Dona Sabinela e a filha confiaram o reino a um governador e voltaram à Alexandria. Com a morte de sua mãe, Catarina transforma sua residência num lar de acolhida e escola de formação Cristã. A nossa jovem, tendo apenas 18 anos, é capaz de confundir os maiores filósofos de Alexandria e arredores. Catarina é testemunho de fé e vida incontáveis são os que a seguem, e nela encontram as repostas das verdades do evangelho de Jesus Cristo!

Matrimônio espiritual de Sta. Catarina
Ansiosa de ir ter com o seu Esposo celestial, Catarina ficou pensando unicamente no martírio. Conta-se que ela apresentou-se em nome de Deus, diante do perseguidor, imperador Maxêncio, a fim de repreendê-lo por perseguir aos cristãos e demonstrar a irracionalidade e inutilidade da religião pagã. Santa Catarina, conduzida pelo Espírito Santo e com sabedoria, conseguiu demonstrar a beleza do seguimento de Jesus na sua Igreja. Incapaz de lhe responder, Maxêncio reuniu para a confundir os 50 melhores filósofos da província que, além de se contradizerem, curvaram-se para a Verdade e converteram-se ao Cristianismo, isto tudo para a infelicidade do terrível imperador. Maxêncio mandou os filósofos serem queimados vivos, assim como à sua mulher Augusta, ao ajudante de campo Porfírio e a duzendos oficiais que, depois de ouvirem Catarina, tinham-se proclamado cristãos. 

Surpreendido pelo êxito inesperado da discussão pública, o imperador procurou, por todos os meios, arrancar Catarina do Cristianismo. Adulações e promessas de fazê-la imperatriz: tudo em vão! Com soberano desdém, a jovem repeliu as ofertas do Imperador, declarando-se esposa de Cristo. Catarina foi lançada em um cárcere escuro, onde ficou doze dias. Quando saiu de lá estava mais bela do que nunca; seus olhos eram como fachos de luz e sua pele alva estava reluzente. Nossa jovem mártir é entregue aos algozes, condenada ao martírio da roda. No momento em que ia ser estendida sobre a roda, Catarina traçou o sinal da cruz e esta despedaçou-se imediatamente. Este milagre fez com que o povo rendesse louvor ao Deus dos Cristãos e a própria Imperatriz confessasse a sua fé no Filho de Deus. Cada vez mais irritado e enfurecido, Maximiano, percebendo que todos os seus esforços eram em vão, pronunciou a sentença de morte e mandou levá-la ao lugar do suplício. Após uma oração de louvor e súplica e agradecimento ao Deus verdadeiro. Catarina foi decapitada e de suas veias saiu leite ao invés de sangue! Isto aconteceu por volta do ano 305. O seu culto parece ter irradiado do Monte Sinai; a festa foi incluída no calendário pelo Papa João XXII (1316-1334).



Ó bela Alexandria, és a pérola do mediterrâneo, e uma das mais belas cidades do Egito. Fostes, na antiguidade, o centro de todo o conhecimento humano, quando da criação da célebre biblioteca de Alexandria. Fostes, também, e com grande orgulho o berço de Catarina, a tua filha mais ilustre, e que apresentou as tuas maravilhas ao mundo. 

Santa Catarina de Alexandria, 
rogai por nós!







Oração que Santa Catarina recitou na hora do martírio: 

“Jesus, Meu Senhor e Meu Deus, peço que seja socorrido em vós todo aquele que em momentos de aflição, invocar a lembrança de meu martírio. Livrai da morte súbita os meus devotos e concedei a eles, por toda a vida, abundância de pão e água, além da saúde. Que as doenças e as tempestades se mantenham longe de suas casas. Que as mulheres não abortem nem morram no parto. Que não haja carestia onde moram e que o orvalho do céu desça sobre suas cabeças dia e noite. Concedei que por fim, se alguém recorrer a meu nome, seja conduzido pelos anjos ao repouso eterno. 
Amém!”


domingo, 24 de novembro de 2013

Solenidade de CRISTO REI

A Solenidade de Cristo Rei é uma das festas mais importantes no calendário litúrgico, nela celebramos aquele Cristo que é o Rei do universo. O seu Reino é o Reino da verdade e da vida, da santidade e da graça, da justiça, do amor e da paz. Esta festa foi estabelecida pelo Papa Pio XI em 11 de março 1925. O Papa quis motivar os católicos para reconhecer em público que o líder da Igreja é Cristo Rei. Mais tarde a data da celebração foi mudada dando um novo senso.
O ano litúrgico termina com esta que salienta a importância de Cristo como centro da história universal. É o alfa e o omega, o princípio e o fim. Cristo reina nas pessoas com a mensagem de amor, justiça e serviço. O Reino de Cristo é eterno e universal, quer dizer, para sempre e para todos os homens.
Esta festa tem um sentido escatológico na qual nós celebramos Cristo como Rei de todo o universo. Nós sabemos que o Reino de Cristo já começou a partir de sua vinda na terra a quase dois mil anos, porém Cristo não reinará definitivamente em todos os homens até que volte ao mundo com toda a sua glória no final dos tempos. Jesus nos antecipou sobre esse grande dia, em Mateus 25, 31-46.
Na festa de Rei de Cristo celebramos que Cristo pode começar a reinar em nossos corações no momento em que nós permitimos isto a ele, e o Reino de Deus pode deste modo fazer-se presente em nossa vida. Desta forma estabelecemos o Reino de Cristo de agora em diante em nós mesmos e em nossas casas, emprego e vida.
A Igreja tem a responsabilidade de orar e aumentar o reinado de Jesus Cristo entre os homens. O aumento do Reino de Deus deve ser o centro de nossa vida como membros da Igreja. Fazer com que Jesus Cristo reine no coração dos homens, no peito das casas, nas comunidades e nas cidades. Com isto nós poderemos chegar a um mundo novo no qual reinará o amor, a paz e a justiça e a salvação eterna de todos os homens.
Para que Jesus reine em nossa vida, devemos em primeiro lugar conhecer Cristo. A leitura e reflexão do Evangelho, a oração pessoal e os sacramentos são os meios para conhece-Lo e as graças recebidas vão abrindo os nossos corações a seu amor.Trata-se de conhecer Cristo de uma maneira experimental e não só teleológica. Oremos com profundidade escutando o Cristo que nos fala. Ao conhecer Cristo expressaremos o amor de maneira espontânea, por que Ele é bondade.
O amor a Cristo nos levará quase sem perceber a pensar como Cristo, querer como Cristo e sentir como Cristo, vivendo uma vida de verdadeira caridade e Cristandade autentica. Quando imitarmos Cristo conhecendo-o e amando-o, então podemos experimentar seu Reino. O compromisso apostólico consiste em levar nosso amor para a ação de estender o Reino de Cristo a todas as almas por meio de trabalhos concretos de apostolado. Nós não podemos parar. Nosso amor aumentará.
Dedicar a nossa vida a expandir o Reino de Cristo na terra é o melhor que podemos fazer, pois Cristo nos recompensará com alegria e uma paz profunda e imperturbável em todas as circunstancias da vida. Ao longo da história existem inumeráveis testemunhos de cristãos que deram a vida por Cristo como o Rei de suas vidas.



Fontes:

sábado, 23 de novembro de 2013

Nossa Senhora do Sorriso

Nossa Senhora do Sorriso foi o nome dado por Santa Teresinha do Menino Jesus a Nossa Senhora das Vitórias, quando ela foi curada de uma grave enfermidade pelo sorriso que Nossa Senhora lhe deu. Santa Teresinha disse:
“Não eram meus desejos que poderiam produzir um milagre, e para minha cura se fazia mister um milagre. Foi Nossa Senhora das Vitórias que o fez.”

História de Nossa Senhora do Sorriso

Quando era pequena, Santa Teresinha perdeu sua mãe. Sua irmã mais velha, Paulina, passou a cuidar dela e da família. Passado algum tempo, Paulina entrou para o Carmelo. Teresinha, já muito triste com a morte da mãe, fica doente com a separação de sua irmã. Uma depressão muito forte se abateu sobre ela e nenhum médico consegue descobrir qual a sua doença. Ela ficou de cama, sofrendo muito, com apenas 14 anos de idade.


Milagre de Nossa Senhora do Sorriso

Paulina, sabendo da doença, intensificou as orações a Nossa Senhora, junto com as irmãs do Carmelo. O pai de Teresinha, muito devoto de Nossa Senhora das Vitórias, mandou rezar uma novena de missas em sua intenção e colocou ao lado de sua cama a imagem de Nossa Senhora das Vitórias. E todos da família começaram a rezar para a menina doente.
Na sua autobiografia, intitulada “História de uma Alma”, a jovem Santa Teresinha relatou admiravelmente que foi curada de sua doença graças à intervenção de Nossa Senhora:
“No dia 13 de maio de 1883, festa de Pentecostes, do meu leito, virei meu olhar para a imagem de Maria, e de repente a imagem pareceu-me bonita, tão bonita que nunca tinha visto nada semelhante. Seu rosto exalava uma bondade e ternura inefáveis, mas o que calou fundo em minha alma foi o sorriso encantador da Santíssima Virgem. Todas as minhas penas se foram naquele momento, e lágrimas escorreram de meus olhos, de pura alegria. Pensei, a Santíssima Virgem sorriu para mim, foi por causa das orações que eu tive a graça do sorriso da Rainha do Céu.”

Devoção a Nossa Senhora do Sorriso

Santa Teresinha, intuitivamente, passou a chamar a imagem de Virgem do Sorriso. Por isso, a devoção iniciou mesmo em sua própria casa, junto dos membros de sua família. Depois disso, claro, ela levou esta linda devoção para o Carmelo da cidade de Lisieux. Lá, a jovem santa  entrou com 15 anos, depois que o Papa Leão XIII deu autorização especial. Após a morte de Santa Teresinha, a devoção começou a ser divulgada por todos os conventos Carmelitas e também fora dos conventos, por todo o mundo todo.

A imagem de Nossa Senhora do Sorriso

A escultura original de Nossa Senhora do Sorriso tem aproximadamente 1 metro de altura. Ela é a reprodução perfeita da obra de um artista chamado Bouchardom. A imagem ficou em frente à enfermaria do Carmelo até quando Santa Teresinha, muito jovem ainda, com 24 anos morreu, no ano de 1897. 

Hoje, a imagem original está na Igreja do Carmelo francês de Lisieux, onde Santa Teresinha viveu e morreu. A imagem fica sobre uma cripta de vidroonde estão depositadas suas relíquias. A comemoração de Nossa Senhora do Sorriso acontece no dia 15 de agosto.

Oração a Nossa Senhora do Sorriso

Ó Maria, mãe de Jesus e nossa, que, com um claro sorriso vos dignastes consolar e curar vossa filha Santa Teresinha do Menino Jesus, da depressão, devolvendo-lhe a alegria de viver, e o sentido da sua existência em Cristo Ressuscitado. Ó Virgem do Sorriso, olha com maternal afeto para tantos filhos e filhas que sofrem com a depressão, transtornos e síndromes psiquiátricas e males psicossomáticos.
Que Jesus Cristo cure e dê sentido à vida de tantas pessoas, cuja existência as vezes esta deteriorada. Maria, que seu belo sorriso não deixe que as dificuldades da vida obscureçam nosso ânimo. Sabemos que só o seu filho Jesus pode satisfazer  os anseios mais profundos no nosso coração. Maria, mediante a luz que brota de seu rosto, transparece a misericórdia de Deus. Que seu olhar nos acaricie, e nos convença que Deus,  nos ama e nunca nos abandona. A sua ternura renove em nós, a auto estima, a confiança nas próprias capacidades, o interesse pelo futuro e o desejo de viver feliz. 

Que os familiares dos que sofrem com depressão ajudem no processo de cura, nunca os considerando farsantes da enfermidade com interesses de comodidade, mas os valorizem, escutem, compreendam e os animem. Virgem do Sorriso, alcance-nos de Jesus, a verdadeira cura, e livra-nos de alívios temporários e ilusórios. Curados, comprometemo-nos a servir com alegria, disposição e entusiasmo Jesus, como discípulos  missionários, com nosso testemunho de vida renovada. Amém. 


Visita ao Carmelo São José de Petrópolis RJ


Algumas jovens da paróquia Nossa Senhora Imaculada de Raiz da Serra visitaram o Carmelo São José, Diocese de Petrópolis RJ, no último dia 15 de novembro.


Na foto está Ir. Graça, irmã externa/veleira. Ao falar de sua vocação específica revelou que as irmãs externas, como ela, são o coração das monjas que estão na clausura. Quando um coração para de bater, o corpo desfalece. Do mesmo modo, o serviço cotidiano de uma irmã veleira, permite que as monjas tenham total dedicação à vida contemplativa de oração.

Rezemos pelas vocações contemplativas e enclausuradas!!!


sexta-feira, 22 de novembro de 2013

Henrique Pranzini, primeiro filho espiritual de Santa Teresinha. (Versão Slides)

Atendendo a pedidos, aí está a versão da postagem anterior em slides/imagens. Os queridos irmãos e irmãs, podem conferir as mesmas na nossa página do facebook "Espiritualidade Carmelita" (www.facebook.com.br/espiritualidadecarmelita). 
A paz de Jesus e o amor da Virgem do Carmo!