quarta-feira, 25 de dezembro de 2013

Uma historinha de NATAL

AS TRÊS ÁRVORES
Por Roseli Busmair
   
Havia, no alto da montanha, três pequenas árvores que sonhavam 
com o que seriam depois de grandes... 

A primeira, olhando as estrelas, disse:
- Eu quero ser o baú mais precioso do mundo, cheio de tesouros.
Para tal, até me disponho a ser cortada.
A segunda olhou para o riacho e suspirou:
- Eu quero ser um grande navio para transportar reis e rainhas.

A terceira árvore olhou o vale e disse:
- Eu quero ficar aqui no alto da montanha e crescer tanto que,
as pessoas ao olharem para mim, levantem seus olhos e pensem em Deus.

Muitos anos se passaram, e certo dia vieram três lenhadores e
cortaram as três árvores, todas muito ansiosas em serem
transformadas naquilo com que sonhavam.
Mas lenhadores não costumam ouvir e nem entender sonhos!
Que pena!

A primeira árvore acabou sendo transformada num cocho de animais,
coberto de feno.
A segunda virou um simples e pequeno barco de pesca,
carregando pessoas e peixes todos os dias.
E a terceira, mesmo sonhando em ficar no alto da montanha,
acabou cortada em altas vigas e colocada de lado em um depósito.
todas as três se perguntavam desiludidas e tristes:
- Para que isso?

Mas, numa certa noite, cheia de luz e de estrelas, onde havia
mil melodias no ar, uma jovem mulher colocou seu neném
recém-nascido naquele cocho de animais.
E de repente, a primeira árvore percebeu que continha o
maior tesouro do mundo!




A segunda árvore, anos mais tarde, acabou transportando
um homem que acabou dormindo no barco, mas
quando a tempestade quase afundou o pequeno barco, o
homem se levantou e disse: "PAZ"!
E num relance, a segunda árvore entendeu que estava carregando
o rei dos céus e da terra.




Tempos mais tarde, numa sexta-feira, a terceira árvore espantou-se
quando suas vigas foram unidas em forma de cruz e um homem
foi pregado nela. Logo, sentiu-se horrível e cruel.
Mas logo no Domingo, o mundo vibrou de alegria e a terceira
árvore entendeu que nela havia sido pregado um homem para
salvação da humanidade, e que as pessoas sempre se lembrariam
de Deus e de seu filho Jesus Cristo ao olharem para ela.




As árvores haviam tido sonhos...
Mas as suas realizações foram mil vezes melhores e mais sábias
do que haviam imaginado.
Temos os nossos sonhos e nossos planos que, por vezes, não
coincidem com os planos que Deus tem para nós; e, quase
sempre, somos surpreendidos com a sua generosidade e misericórdia.

quinta-feira, 12 de dezembro de 2013

Virgem de Guadalupe - Fé & Ciência


Desafio à ciência moderna


Para o ateu moderno, acostumado a dar valor só ao que julga provado pela ciência, o milagre de Guadalupe, no México, é no mínimo constrangedor. Pois a ciência prova que houve milagre!mUma pessoa não totalmente atéia, mas profundamente contaminada pelo pensamento moderno, dizia-me que aquilo que não é provado cientificamente não existe. Mas — típica contradição da alma humana — não queria falar do Santo Sudário de Turim, pois as descobertas científicas sobre ele a abalavam; e se fosse obrigada a olhar o assunto de frente, teria de negar o valor da ciência ou... converter-se.

Vejamos o problema do ponto de vista desses amantes indiscriminados da ciência. Para eles, tudo aquilo que não se demonstra em laboratório entra para o domínio da fantasia. Ciências, com C maiúsculo, são para eles a Física, a Química, a Biologia, etc. Já a História lhes parece suspeita, pois é irrepetível e muito subjetiva, ao depender de testemunhas. Muito mais ainda se for história eclesiástica, e o auge do suspeito lhes parecem as histórias dos milagres. São como o Apóstolo São Tomé, que precisou ver para crer. Para esse tipo de almas incrédulas, que havia até entre os Apóstolos, Nosso Senhor realiza certo tipo de milagres, de forma que não possam alegar a falta de provas. E uma dessas provas é a imagem de Nossa Senhora de Guadalupe, no México

Breve resumo da história



No dia 9 de dezembro de 1531, na cidade do México, Nossa Senhora apareceu ao nobre índio Quauhtlatoatzin — que havia sido batizado com o nome de Juan Diego — e pediu-lhe que dissesse ao bispo da cidade para construir uma igreja em sua honra. Juan Diego transmitiu o pedido, e o bispo exigiu alguma prova de que efetivamente a Virgem aparecera. Recebendo de Juan Diego o pedido, Nossa Senhora fez crescer flores numa colina semi-desértica em pleno inverno, as quais Juan Diego devia levar ao bispo. Este o fez no dia 12 de dezembro, acondicionando-as no seu manto. Ao abri-lo diante do bispo e de várias outras pessoas, verificaram admirados que a imagem de Nossa Senhora estava estampada no manto. Muito resumidamente, esta é a história, que foi registrada em documento escrito. Se ficasse só nisso, facilmente poderiam os céticos dizer que é só história, nada há de científico.

A imagem miraculosa de Nossa Senhora

Os problemas para eles começam com o fato de ter-se conservado o manto de Juan Diego, no qual está impressa até hoje a imagem. Esse tipo de manto, conhecido no México como tilma, é feito de tecido grosseiro, e deveria ter-se desfeito há muito tempo. No século XVIII, pessoas piedosas decidiram fazer uma cópia da imagem, a mais fidedigna possível. Teceram uma tilma idêntica, com as mesmas fibras de maguey da original. Apesar de todo o cuidado, a tilma se desfez em quinze anos. O manto de Guadalupe tem hoje 475 anos, portanto nada deveria restar dele.

Uma vez que o manto (ou tilma) existe, é possível estudá-lo a fim de definir, por exemplo, o método usado para se imprimir nele a imagem. Comecemos pela pintura. Em 1936, o bispo da cidade do México pediu ao Dr. Richard Kuhn que analisasse três fibras do manto, para descobrir qual o material utilizado na pintura. Para surpresa de todos, o cientista constatou que as tintas não têm origem vegetal, nem mineral, nem animal, nem de algum dos 111 elementos conhecidos. “Erro do cientista” — poderia objetar algum cético. Difícil, respondemos nós, pois o Dr. Kuhn foi prêmio Nobel de Química em 1938. Além do mais, ele não era católico, mas de origem judia, o que exclui parti-pris religioso.

No dia 7 de maio de 1979 o prof. Phillip Serna Callahan, biofísico da Universidade da Flórida, junto com especialistas da NASA, analisou a imagem. Desejavam verificar se a imagem é uma fotografia. Resultou que não é fotografia, pois não há impressão no tecido. Eles fizeram mais de 40 fotografias infravermelhas para verificar como é a pintura. E constataram que a imagem não está colada ao manto, mas se encontra 3 décimos de milímetro distante da tilma. Para os céticos, outra complicação: verificaram que, ao aproximar os olhos a menos de 10 cm da tilma, não se vê a imagem ou as cores dela, mas só as fibras do manto.

Convém ter em conta que ao longo dos tempos foram pintadas no manto outras figuras. Estas vão se transformando em manchas ou desaparecem. No caso delas, o material e as técnicas utilizadas são fáceis de determinar, o que não acontece com a imagem de Nossa Senhora.

Os olhos da imagem



Talvez o que mais intriga os cientistas sobre o manto de Nossa Senhora de Guadalupe são os olhos dela. Com efeito, desde que em 1929 o fotógrafo Alfonso Marcué Gonzalez descobriu uma figura minúscula no olho direito, não cessam de aparecer as surpresas. Devemos primeiro ter em vista que os olhos da imagem são muito pequenos, e as pupilas deles, naturalmente ainda menores. Nessa superfície de apenas 8 milímetros de diâmetro aparecem nada menos de 13 figuras! O cientista José Aste Tonsmann, engenheiro de sistemas da Universidade de Cornell e especialista da IBM no processamento digital de imagens, dá três motivos pelos quais essas imagens não podem ser obra humana:

• Primeiro, porque elas não são visíveis para o olho humano, salvo a figura maior, de um espanhol. Ninguém poderia pintar silhuetas tão pequenas;

• Em segundo lugar, não se consegue averiguar quais materiais foram utilizados para formar as figuras. Toda a imagem da Virgem não está pintada, e ninguém sabe como foi estampada no manto de Juan Diego;

• Em terceiro lugar, as treze figuras se repetem nos dois olhos. E o tamanho de cada uma delas depende da distância do personagem em relação ao olho esquerdo ou direito da Virgem.

Esse engenheiro ficou seriamente comovido ao descobrir que, assim como os olhos da Virgem refletem as pessoas diante dela, os olhos de uma das figuras refletidas, a do bispo Zumárraga, refletem por sua vez a figura do índio Juan Diego abrindo sua tilma e mostrando a imagem da Virgem. Qual o tamanho desta imagem? Um quarto de mícron, ou seja, um milímetro dividido em quatro milhões de vezes. Quem poderia pintar uma figura de tamanho tão microscópico? Mais ainda, no século XVI...

Tentativa de apagar o milagre



Muitos não querem ouvir falar dessa imagem, que representa para eles problemas insolúveis. O anarquista espanhol Luciano Perez era um desses, e no dia 14 de novembro de 1921 colocou ao lado da imagem um arranjo de flores, dentro do qual havia dissimulado uma potente bomba. Ao explodir, tudo o que estava perto ficou seriamente danificado. Uma cruz metálica, que ficou dobrada, hoje se conserva no templo como testemunha do poder da bomba. Mas... A imagem da Virgem não sofreu dano algum.

E ainda ela está hoje ali, no templo construído em sua honra, assim como uma vez esteve Nosso Senhor diante do Apóstolo São Tomé e lhe ordenou colocar sua mão no costado aberto pela lança. São Tomé colocou a mão e, verificada a realidade, honestamente acreditou na Ressurreição. Terão essa mesma honestidade intelectual os incrédulos de hoje? Não sei, porque assim como não há pior cego do que o que não quer ver, não há pior ateu do que o que não deseja acreditar. Mas, como católicos, devemos rezar também por esse tipo de pessoas, pedindo a Nossa Senhora de Guadalupe que lhes dê a graça de serem honestas consigo mesmas.


Valdis Grinsteins




sexta-feira, 6 de dezembro de 2013

Nelson Mandela - Segundo Frei Patrício Sciadini, ocd.

“NELSON MANDELA, o gigante que nos ensinou a vencer o racismo”

Nelson Rolihlahla Mandela (18 de julho de 1918 - 05 de dezembro de 2013)



HOJE é um dia de luto para todas as pessoas boas, que desejam a paz não pelo caminho da violência mas sim da paz pelo dialogo. Um dialogo que `as vezes parece mudo e surdo mas na verdade quando se dialoga, alguém acaba por nos escutar. Morreu Nelson Mandela, um gigante da humanidade que passou, na sua vida, por varias fases. Da violência armada a não violência até chegar a ser o modelo de todos os que procuram um caminho de olhar nos olhos dos outros e buscar outros companheiros que pensam da mesma maneira. Assim foi Mandela ao longo de seus 95 anos. 
Buscou, encontrou outras pessoas, escutou. Viu pessoas como Kennedy, Martin Luther King, João Paulo II, João XXIII e tantos outros. Sentiu que o mundo pode mudar quando encontramos pessoas que se unem. 
É um momento de agradecer a Deus por este homem e pedir a Deus que nunca deixe faltar no mundo homens como ele e como tantos outros. `As vezes com fé diferentes, com idéias diferentes mas que no coração tem o mesmo amor pelo ser humano e pela liberdade. 
Que Santa Teresinha nos envie do céu uma chuva de rosas e bençãos.


Frei Patrício Sciadini, ocd.




quinta-feira, 5 de dezembro de 2013

Beato Bartolomeu Fanti

Hoje os carmelitas celebram a memória facultativa do beato Bartolomeu Fanti, italiano nascido em Mântua (em italiano Mantova). Em 1452 já era sacerdote Carmelita da Congregação Mantuana e foi durante 35 anos, praticamente até a sua morte, diretor espiritual e reitor da Confraria da Bem-Aventurada Virgem Maria na igreja carmelita de sua cidade, para a qual escreveu a Regra e Estatutos, dedicando-se a esta tarefa com fervor e zelo, como se fazia necessário devido a importância social e religiosa desta Confraria.

Humilde e manso, foi para todos um exemplo de oração, generosidade e fidelidade no serviço à Deus. Distinguiu-se por seu amor à Eucaristia, centro de sua vida apostólica, e por sua devoção mariana.

Morreu em Mântua no dia 05 de dezembro de 1495 e seu corpo, depois de várias transladações, conserva-se hoje intacto na Catedral de Mântua. O decreto de confirmação de seu culto foi ratificado pelo Papa Pio X em 18 de março de 1909 e sua festa é celebrada no dia de sua morte.
 

Oração
Deus, nosso Pai, fizestes do Bem-Aventurado Bartolomeu Fanti um apóstolo do culto à Divina Eucaristia e da devoção à Santíssima Virgem Maria, concedei-nos, a nós também, a mesma riqueza espiritual que ele encontrou mediante a prática destas devoções. 
Por Nosso Senhor Jesus Cristo. Amém.

segunda-feira, 2 de dezembro de 2013

ADVENTO: Espera pelo Menino Deus

A palavra “advento” tem origem latina e significa “chegada”, “aproximação”, “vinda”. No Ano Litúrgico, o Advento é um tempo de preparação para a segunda maior festa cristã: o Natal do Senhor. Neste tempo, celebramos duas verdades de nossa fé: a primeira vinda (o nascimento de Jesus em Belém) e a segunda vinda de Jesus (a Parusia). Assim, a Igreja comemora a vinda do Filho de Deus entre os homens (aspecto histórico) e vive alegre expectativa da segunda vinda d’Ele, em poder e glória, em dia e hora desconhecidos (aspecto escatológico). 


Como se estrutura o Tempo do Advento 
O tempo do Advento não tem um número fixo de dias e depende sempre da solenidade do Natal. Ele começa na tarde (1ª Vésperas) do primeiro domingo após a Solenidade de Cristo Rei e se desenvolve até o momento anterior à tarde (1ª Vésperas) do Natal. Ele possui quatro semanas e, por isso, quatro domingos celebrativos. O terceiro domingo do Advento é chamado de domingo da alegria (gaudete, em latim) por causa da antífona de entrada da missa (Alegrai-vos sempre no Senhor), mostrando a alegria da proximidade da celebração do Natal. O tempo do Advento se divide em duas partes. A primeira, que vai até o dia 16 de dezembro, é marcada pela espera alegre da segunda vinda de Jesus. A segunda, os dias que antecedem o Natal, se destaca pela recordação sobre o nascimento de Jesus em Belém.

 As figuras Bíblicas principais do Advento
Dois personagens bíblicos ganham destaque na celebração do Advento: Maria e João Batista. Ela porque foi escolhida por Deus para ser a mãe do Salvador, e ele porque foi vocacionado a ser o precursor do Messias. Ela se torna modelo do coração que sabe acolher a Palavra e gerar Jesus. Ele se torna modelo de uma vida que sabe esperar nas promessas de Deus e agir anunciando e preparando a chegada da salvação. Em ambos se manifesta a realização da esperança messiânica judaica e o anúncio da plenitude dos tempos.

São João Batista, Nossa Senhora e o Menino Jesus.
A cor dos parâmentos do altar e as vestes do sacerdote é o roxo, igual à da Quaresma, que simboliza austeridade e penitencia. São quatro os temas que se apresentam durante o Advento:

I Domingo
A vigilância na espera da vinda do Senhor. Durante esta primeira semana as leituras bíblicas e a prédica são um convite com as palavras do Evangelho: “Velem e estejam preparados, pois não sabem quando chegará o momento”. É importante que, como uma família, tenhamos um propósito que nos permita avançar no caminho ao Natal; por exemplo, revisando nossas relações familiares. Como resultado deveremos buscar o perdão de quem ofendemos e dá-lo a quem nos tem ofendido para começar o Advento vivendo em um ambiente de harmonia e amor familiar. Desde então, isto deverá ser extensivo também aos demais grupos de pessoas com as quais nos relacionamos diariamente, como o colégio, o trabalho, os vizinhos, etc. Esta semana, em família da mesma forma que em cada comunidade paroquial, acenderemos a primeira vela da Coroa do Advento, de cor roxa, como sinal de vigilância e desejo de conversão.

II Domingo
A conversão, nota predominante da predica de João Batista. Durante a segunda semana, a liturgia nos convida a refletir com a exortação do profeta João Batista: “Preparem o caminho, Jesus chega”. Qual poderia ser a melhor maneira de preparar esse caminho que busca a reconciliação com Deus? Na semana anterior nos reconciliamos com as pessoas que nos rodeiam; como seguinte passo, a Igreja nos convida a acudir ao Sacramento da Reconciliação (Confissão) que nos devolve a amizade com Deus que havíamos perdido pelo pecado. Acenderemos a segunda vela roxa da Coroa do Advento, como sinal do processo de conversão que estamos vivendo.
Durante esta semana poderíamos buscar nas diferentes igrejas mais próximas, os horários de confissões disponíveis, para quando cheguar o Natal, estejamos bem preparados interiormente, unindo-nos a Jesus e aos irmãos na Eucaristia.

III Domingo
O testemunho, que Maria, a Mãe do Senhor, vive, servindo e ajudando ao próximo. Na sexta-feira anterior a esse Domingo é a Festa da Virgem de Guadalupe, e precisamente a liturgia do Advento nos convida a recordar a figura de Maria, que se prepara para ser a Mãe de Jesus e que além disso está disposta a ajudar e a servir a todos os que necessitam. O evangelho nos relata a visita da Virgem à sua prima Isabel e nos convida a repetir como ela: “quem sou eu para que a mãe do meu Senhor venha a visitar-me?
Sabemos que Maria está sempre acompanhando os seus filhos na Igreja, pelo que nos dispomos a viver esta terceira semana do Advento, meditando sobre o papel que a Virgem Maria desempenhou. Propomos que fomentar a devoção à Maria, rezando o Terço em família. Acendemos como sinal de esperança gozosa a terceira vela, de cor rosa, da Coroa do Advento.

IV Domingo
O anúncio do nascimento de Jesus feito a José e a Maria. As leituras bíblicas e a prédica, dirigem seu olhar à disposição da Virgem Maria, diante do anúncio do nascimento do Filho dela e nos convidam a “aprender de Maria e aceitar a Cristo que é a Luz do Mundo”. Como já está tão próximo o Natal, nos reconciliamos com Deus e com nossos irmãos; agora nos resta somente esperar a grande festa. Como família devemos viver a harmonia, a fraternidade e a alegria que esta próxima celebração representa. Todos os preparativos para a festa deverão viver-se neste ambiente, com o firme propósito de aceitar a Jesus nos corações, as famílias e as comunidades. Acenderemos a quarta vela da Coroa do Advento, de cor roxa.

|Sagrada Família
Para aprofundar... Indicamos CIC, nos 1168 até 1171; no Compêndio do Catecismo, perguntas de 241 e 242; no Youcat, perguntas de 184 até 186; e, Sacrosanctum Concilium, parágrafos 102 e 105.
Fonte:
Arquidiocese do Rio de Janeiro
ACI Digital

quarta-feira, 27 de novembro de 2013

SANTO DO DIA: Santa Catarina de Labouré & N. Sra. das Graças da Medalha Milagrosa

A Devoção à Nossa Senhora das Graças da Medalha Milagrosa

Celebramos neste dia o testemunho de vida cristã e mariana daquela que foi privilegiada com a aparição de Nossa Senhora, a qual deu origem ao título de Nossa Senhora das Graças ou da Medalha Milagrosa. Santa Catarina de Labouré nasceu em Borgonha (França) a 2 de maio de 1806. Era a nona filha de uma família que, como tantas outras, sofria com as guerras napoleônicas.
Aos 9 anos de idade, com a morte da mãe, Catarina assumiu com empenho e maternidade a educação dos irmãos, até que ao findar desta sua missão, colocou-se a serviço do Bom Mestre, quando consagrou-se a Jesus na Congregação das Filhas da Caridade. Aconteceu que, em 27 de novembro de 1830, sua vida se entrelaçou mais intimamente com os mistérios de Deus, pois a Virgem Maria começa a aparecer a Santa Catarina, a fim de enriquecer toda a Igreja e atingir o mundo com sua Imaculada Conceição, por isso descreveu Catarina: "A Virgem apareceu sobre um globo, pisando uma serpente e segurando nas mãos um globo menor, oferecendo-o à Deus, num gesto de súplica.".
Enquanto A contemplava, Catarina ouviu uma voz que lhe disse: "Este globo que vês representa o mundo inteiro e especialmente a França, e cada pessoa em particular. Os raios são o símbolo das Graças que derramo sobre as pessoas que Me as pedem. Os raios mais espessos correspondem às graças que as pessoas se recordam de pedir. Os raios mais delgados correspondem às graças que as pessoas não se lembram de pedir.".

Enquanto Maria estava rodeada duma luz brilhante, de repente, o globo desapareceu e suas mãos se estendem suavemente, derramando sobre o globo brilhantes raios de luz. Formou-se assim um quadro oval, rodeado pelas palavras em letras de ouro"Ó Maria concebida sem pecado, rogai por nós que recorremos a Vós.".

Virou-se então o quadro, aparecendo, no reverso, um " M" encimado por uma cruz e, embaixo, os corações de Jesus e de Maria. E a Santíssima Virgem lhe pede: "Manda cunhar uma Medalha por este modelo; as pessoas que a trouxerem indulgenciada, receberão grandes graças, mormente se a trouxerem ao pescoço; hão de ser abundantes as graças para as pessoas que a trouxerem com confiança.".

E assim foi cunhada, em Paris, esta medalha, que logo s espalhou pelo mundo inteiro, derramando graças tão numerosas e extraordinárias que o povo, espontaneamente, passou a chamá-la: "A Medalha Milagrosa". Nossa Senhora da Medalha Milagrosa é a mesma Nossa Senhora das Graças, por ter Santa Catarina Labouré ouvido, no princípio da visão, as palavras: "Estes raios são o símbolo das Graças que Maria Santíssima alcança para os homens.".

Como disse Sua Santidade Pio XII, esta prodigiosa medalha “desde o primeiro momento, foi instrumento de tão numerosos favores, tanto espirituais como temporais, de tantas curas, proteções e sobretudo conversões, que a voz unânime do povo a chamou desde logo medalha milagrosa“.
Esta devoção nascida a partir de uma Providência Divina e abertura de coração da simples Catarina, tornou-se escola de santidade para muitos, a começar pela própria Catarina que muito bem soube se relacionar com Jesus por meio da Imaculada Senhora das Graças. 
Santa Catarina passou 46 anos de sua vida num convento, onde viveu o Evangelho, principalmente no tocante da humildade, pois ninguém sabia que ela tinha sido o canal desta aprovada devoção que antecedeu e ajudou na proclamação do Dogma da Imaculada Conceição de Nossa Senhora em 1854. 
Já como cozinheira e porteira, tratando dos velhinhos no hospício de Enghien, em Paris. Santa Catarina assumiu para si o viver no silêncio, no escondimento, na humildade. Enquanto viveu, foi desconhecida. Santa Catarina Labouré entrou no Céu a 31 de dezembro de 1876, com 70 anos de idade. Foi beatificada em 1933 e canonizada em 1947 pelo Papa Pio XII. 
Santa Catarina Labouré, rogai por nós!
ORAÇÃO A NOSSA SENHORA DAS GRAÇAS

  Súplica - Ó Imaculada Virgem Mãe de Deus e nossa Mãe, ao comtemplar-vos de braços abertos derramando graças sobre os que vo-las pedem, cheios de confiança na vossa poderosa intercessão, inúmeras vezes manifestada pela Medalha Milagrosa, embora reconhecendo a nossa indignidade por causa de nossas inúmeras culpas, acercamo-nos de vossos pés para vos expor, durante esta oração, as nossas mais prementes necessidades (momento de silêncio e de pedir a graça desejada). Concedei, pois, ó Virgem da Medalha Milagrosa, este favor que confiantes vos solicitamos, para maior glória de Deus, engrandecimento do vosso nome, e o bem de nossas almas. E para melhor servirmos ao vosso Divino Filho, inspirai-nos profundo ódio ao pecado e dai-nos coragem de nos afirmar sempre verdadeiros cristãos. Amém.

 Rezar 3 Ave-Marias.
 - Ó Maria concebida sem pecado, rogai por nós que recorremos a vós.

 Oração Final - Santíssima Virgem, eu creio e confesso vossa Santa e Imaculada Conceição, pura e sem mancha. Ó puríssima Virgem Maria, por vossa Conceição Imaculada e gloriosa prerrogativa de Mãe de Deus, alcançai-me de vosso amado Filho a humildade, a caridade, a obediência, a castidade, a santa pureza de coração, de corpo e espírito, a perseverança na prática do bem, uma santa vida e uma boa morte. Amém.

Santuário de Nossa Senhora das Graças da Medalha Milagrosa - França.

Santuário de Nossa Senhora das Graças da Medalha Milagrosa - França.

Santuário de Nossa Senhora das Graças da Medalha Milagrosa - França.
Cadeira que Nossa Senhora sentou para falar com Santa Catarina.

Santuário de Nossa Senhora das Graças da Medalha Milagrosa - França.
Santa Catarina.

segunda-feira, 25 de novembro de 2013

Memorial - Serva de Deus, Madre Maria do Carmo

Este recinto é um local onde os devotos da Serva de Deus, Madre Carminha, podem conhecê-la melhor tendo um contato mais de perto com os objetos que marcaram sua caminhada como carmelita. Podem ver seu lado alegre, como o gosto que tinha pela musica, sua vida de pobreza, e sem deixar de lado o que mais a marcava sua piedade através de suas muitos Santinhos de orações, seus livros, seus terços e outros objetos devocionais. Também o memorial tem um diferencial as plantas algumas plantadas pela própria pela Serva de Deus e que foram cultivadas pelas irmãs. Outra coisa que chama bastante atenção no memorial são as inúmeras fotografias da Serva de Deus em várias fases de sua vida, fotografias guardadas pela própria Serva de Deus. O memorial fica aberto todos os dias das 8:00 da manhã até as 11:00 e das 14:00 até as 18:00 horas.























Fontes: 

Carmelo de Santa Face - Tremembé

Página Madre Maria do Carmo

Serva de Deus, Madre Maria do Carmo (Carminha) de Tremembé

A CARMINHA DE TREMEMBÉ

Hoje comemora-se o dia da Serva de Deus, Madre Maria do Carmo (Carminha) de Tremembé.


Carmem Catarina Bueno nasceu em Itu/SP, a 25 de novembro de 1898, festa de Santa Catarina de Alexandria. Seus pais eram Teotônio Bueno e Maria do Carmo Bauer Bueno, que apenas contava quinze anos ao dar à luz a sua primogênita. Da mãe herdou o caráter decidido, temperamento ardoroso. Do pai, a alma de artista.
Ao dar-lhe a luz, a jovem mãe esteve com a saúde abalada. “Nhá Cota” (apelido afetuoso dado a D. Maria Justina Camargo Bueno) pediu para cuidar da recém-nascida em Campinas, como fizera com o filho adotivo, Teotônio.
A 12 de fevereiro de 1899 é batizada da Matriz Velha, pelo Pároco Pe. Manuel Ribas D’Avila. Como padrinhos teve Nhá Cota e seu esposo Comendador Francisco de Paula Bueno.
Em Campinas continuou a morar com os pais adotivos, feliz porque muito querida. Em Itu, o lar de seus pais se enriquece com a chegada de outros irmãozinhos: Esther (1901), Francisco (1902), Zey (1904), Dácio (1906) e José (1909).
Aos três anos a menina desaparece de casa e quando enfim a encontram, na Matriz Velha, de joelhos, no altar do Sagrado Coração de Jesus, lhe perguntam o que fazia ali; responde: – “Estou na ‘mixa’ do ‘Colação’ de Jesus!” Muitas outras vezes, ainda, repete a pequenina sua proeza.

Alegria de viver

Gostava de brincar com os companheirinhos no Largo da Matriz, correndo a pedir a bênção de seu pároco, logo que o percebia. Um de seu amigos de infância viria a ser o Bispo de Taubaté, Dom Francisco Borja do Amaral.
Vez por outra Carminha acompanhava Nhá Cota, já viúva, para visitar os papais e maninhos. Em outras ocasiões, a família é que passeava em Campinas.

Suprema recordação

Em junho, meses após a dor de ter perdido seu papai Teotônio, no dia de São Luiz Gonzaga, 21 de junho de 1910, recebe pela primeira vez o beijo de Jesus Eucarístico, “que em Céu a transformou”, pelas mãos de Dom João Batista Corrêa Nery. Carminha teve um intenso desejo de ir para o Céu e não mais se separar de seu Deus!

Na terra carioca

Aos 15 anos vai visitar a “mamãe moça” no Rio, que oito dias depois falece em conseqüência do nascimento de um filho, que a precede 24 horas no túmulo.
O padrasto se vê só e com cinco enteados e solicita a presença de D. Maria Justina junto deles, que se estabelece na terra carioca junto a Carminha.

Idade dos sonhos

Em 1916 vão se estabelecer na formosa Ilha de Paquetá, na Baía de Guanabara, na Praia dos Frades.
Carmem conhece um estudante de engenhariae gostam-se imensamente. Aspiram ao matrimônio, à vida a dois. Traçam planos.

Caminhos de Deus

O estudante pertence a uma família abastada e de meio cultural muito bom, e deseja que Carminha se aprimore nos estudos, indicando-lhe “Sion”. Com o retorno de Nhá Cota para São Paulo, era a ocasião propicia para realizar a vontade do noivo.

Sion

É feliz sua estadia no Colégio. Vai se tornar Filha de Maria, no dia 23 de setembro de 1917, dia em que ouve o chamado do Senhor. Rompe, então, o noivado, escrevendo sincera e delicadamente para aquele que, indiretamente, lhe proporcionara tão grande graça. Fiel por natureza, rezará pelo moço até o fim de sua vida.

Futura carmelita

Nesta ocasião lê “História de uma Alma”, da futura Santa Teresinha. Toma a resolução de ser como Teresa de Lisieux: Carmelita. Escolhe como diretor Dom Francisco de Campos Barreto que a exercitou no amor de Deus e nas virtudes.

Para a meta

Sua mana Esther ao casar-se, em 1920, convida-a e à Nhá Cota para virem para o Rio. Aí frequenta a Capela Nossa Senhora do Carmo, futura Basílica de Santa Teresinha, na Rua Mariz e Barros, onde trabalham os Carmelitas Descalços da Província Romana. É a Divina Providência tudo dirigindo.

1926

É decidida sua entrada no Carmelo São José, no Rio, onde ingressa após a dolorosa separação de Nhá Cota. Fica ao lado dela, sua filha adotiva Emília Souza Aranha, que a leva para Ribeirão Preto (SP). Era o dia 21 de abril de 1926. Vestida de noiva, com o Menino Jesus de Praga nos braços, atravessa a porta do Mosteiro, então na sede provisória (Rua Abílio, 32).
Recebe o Santo Hábito em 24 de outubro de 1926, com nome religioso de Irmã Maria do Carmo da Santíssima Trindade. Apesar de ser feliz, teve suas lutas, dado o temperamento ardoroso e as saudades de Nhá Cota. Mas Jesus vence!

Amém de Deus

No dia de sua profissão temporária escreve em suas anotações: “Quero ser o Amém de Deus”. Em 1928 recebe a última visita de Nhá Cota, que no ano seguinte repousa no Senhor, em Ribeirão Preto (SP).

Sabedoria da humildade

Suas lutas, por causa do temperamento vivo, prosseguem. Tudo faz com exuberância: daí objetos quebrados, derrubados e até um mergulho, de hábito e tudo, num tanque grande de água da pior espécie. Tudo serve para Carminha colocar os alicerces de sua santificação: a humildade, que se reconhece plena de limitações, mas que ousa desejar ser “perfeita como o Pai do Céu”. Para chegar a atingir sua meta, faz o voto de mansidão, a conselho de Dom Barreto, um de seus diretores espirituais.

Estrela de sua vida

Maria é a estrela que guia os caminhos de Irmã Maria do Carmo. Tudo faz para a glória de Maria. A ela entrega a direção de seus atos, suas intenções mais caras.
Exerceu o ofício de Mestra de noviças, sub-priora e finalmente de priora (a primeira após a Fundadora).
Com tudo isto não esquece de dar atenção aos seus manos. Estes, especialmente sua mana Esther, a ajudaram no acabamento da construção do Mosteiro São José do Rio.
Alma profundamente humilde é de extrema delicadeza para com a Madre Fundadora (Madre Benedita de Jesus, Maria e José) e para com as filhas espirituais.

Força da alma

Em 1949 volta a ser mestra de noviças. Sempre fora doente e doente cardíaca. O reumatismo deixa-a entravada, por vezes.
Em 1952 volta a dirigir o Carmelo e aí surge a idéia e a ocasião propícia para a fundação do Carmelo da Santa Face e Pio XII com a visita do “amigo” de infância – já Bispo de Taubaté – Dom Francisco Borja do Amaral. A fundação ocorre em 7 de setembro de 1955. Em 1957 é transladada a Comunidade, em procissão (até filmada). Madre Carminha trabalhava, sofria, rezava. Não lhe foram poupadas as provações. A tudo superava. Em 12 de setembro de 1961, Madre Maria do Carmo passa o governo da casa à Madre Antonieta Maria, ficando responsável pelo noviciado e pelo fim das obras.

“O Esposo espera...”

Em julho de 1965 ouve o primeiro chamado de Deus, numa crise de angina pectoris e a 13 de julho de 1966 falece santamente, vítima de um derrame cerebral (que a acometeu no dia 7 precedente e a deixou em coma profundo). Deixou saudades imensas e logo, do céu, começou a ajudar as filhas e o povo que, a sua intercessão, recorriam humilde e confiantemente.
Havendo, por algum tempo, o projeto de transladar o mosteiro para a cidade de Mairinque (SP) foi necessário em 1974, a abertura do túmulo de Madre Maria do Carmo (que, em 1972, sendo aberto, constatou-se a conservação de seu corpo). Médicos da USP, chefiados por Dr. Mário Degni (segundo laudo médico guardado em nosso arquivo) fizeram o exame do corpo de Madre Carminha e deduziram se tratar de mumificação de cadáver, embora unhas e cabelos só pudessem ser arrancados com pinça. O certo é que o povo reagiu contra nossa mudança e obteve do Sr. Bispo e dos moradores de Tremembé um abaixo-assinado, requisitando a divisão da Comunidade, metade permanecendo em nossa cidade. E foi o que se deu para a alegria de todos.

Causa de Canonização

A lembrança de sua profunda vida mística e suas inúmeras virtudes, dentre as quais se destacava a humildade, levou a Comunidade do Carmelo da Santa Face e Pio XII, após muita oração, a assumir em capítulo (por unanimidade) a introdução da Causa de Canonização de Madre Maria do Carmo, pois acredita que, através desta, Deus será glorificado.
Sua FAMA DE SANTIDADE tomou dimensões maiores, como a Comunidade relata neste fato:
“Em vista da supressão do nosso Carmelo de Tremembé e de sua transferência para a cidade de Mairinque, SP, no sexto aniversário da morte de Madre Maria do Carmo, decidimos fazer a exumação dos seus restos mortais e, qual não foi a nossa surpresa, quando se descobriu seu corpo intacto, inclusive suas vestes e as flores secas e, nem mesmo mau odor exalou de sua sepultura! Foi aí que a cidade de Tremembé mobilizou-se contra a transferência do Carmelo para outra cidade: a Sra. Prefeita Erondina Matos levou ao Sr. Bispo de então - Dom Francisco Borja do Amaral - um abaixo assinado da cidade de Tremembé que desejava enviar ao Papa Paulo VI. Foi acompanhada das principais personalidades da cidade, prometendo que, se as Irmãs consentissem em ficar, teriam ajuda em tudo. Hoje, consideramos esse acontecimento como o primeiro milagre de Madre Maria do Carmo. A então popularmente chamada ‘Santinha da Ponte’ continua atraindo os olhares do povo tremembeense, que diz alcançar inúmeras graças por sua intercessão.”
Sua canonização contribuirá para manter vivo e espalhar seu ideal: adorar a Sagrada Face de Cristo e reparar os ultrajes contra ela cometidos. Também fortalecer no coração dos fiéis o Sensus Eclesiae que a levava a uma imolação constante pelo Pontífice reinante, através do exercício diário da Via-Crucis e de uma vida totalmente doada, na simplicidade, humildade e caridade, que atinge seu ápice na unidade entre as pessoas – ‘CONGREGAVIT NOS IN UNUM CHRISTI AMOR!’ (Este era um dos seus lemas).
Assim, se um dia a Igreja achar conveniente, seja reconhecida a santidade desta Carmelita.



Fonte:
Carmelo da Santa Face - Tremembé