domingo, 27 de abril de 2014

O DIA DOS 4 PAPAS


“Nunca na história de Roma e nunca na história mundial ocorreu isto: dois Papas Santos e dois Papas vivos que os conheceram. Imagino a emoção do Papa Francisco e do Papa Bento naquele Adro da Basílica onde Bento viveu eventos como Papa e hoje pode, junto ao Papa Francisco, viver este grande evento”.


Foi o que afirmou o Vice-Presidente da Obra Romana de Peregrinações (ORP), Mons. Liberio Andreatta, chamando a atenção para o momento histórico a ser vivido no próximo domingo, 27 de abril. A observação foi feita durante o encontro com os jornalistas na manhã de hoje, para a apresentação dos planos de mobilidade e segurança devido ao grande fluxo de peregrinos e turistas que estarão em Roma. A imagem acima foi idealizada pelo jornalista romano Luciano Castro e realizado pelo artista Giuseppe Rava, especializado em ilustrações pitóricas com sujeitos históricos. A imagem intitutlada 'Il giorno dei quattro Papi' foi distribuída pelo Escritório de Imprensa da Ansa neste dia 23 de abril.

sábado, 19 de abril de 2014

Sábado Santo / Sábado de Aleluia

O Sábado de Aleluia é o Sábado Santo, o dia depois da morte de Cristo. A referência é sobretudo feita à noite do Sábado Santo, quando, na liturgia, se canta o aleluia pascoal, depois de 40 dias, a quaresma, durante os quais o Aleluia é omitido nas celebrações. É a celebração da Ressurreição de Cristo.


O tema da descida de cristo à "mansão dos mortos" é um dos temas da fé cristã. Está presente já numa das primeiras profissões de fé, o Símbolo dos Apóstolos. Também Tomás de Aquino, teólogo medieval, dedicou todo um capítulo de sua Suma Teológica (quaestio 52 della Pars 3) a este argumento. Até mesmo Lutero incluiu essa afirmação nos seus preceitos: Como se deve crer que Cristo morreu e foi sepultado por nós, assim também é necessário crer que ele desceu à mansão dos mortos.

Na Bíblia, o texto mais importante, nesse sentido, encontra-se em 1Pedro 3,18: Também Cristo morreu uma vez pelos pecados, o justo pelos injustos, a fim de vos conduzir a Deus. Morto na carne, foi vivificado no espírito, no qual foi também pregar aos espíritos em prisão, a saber, aos que foram incrédulos outrora... O sentido básico dessa expressão teológica é professar que Jesus realmente morreu e que venceu a morte e o Demônio, que tem o poder da morte, como escrito em Hebreus 2,14: Ele participou da mesma condição, a fim de destruir pela morte o dominador da morte, isto é, o diabo.

Há várias interpretações muito interessantes sobre esse tema. Bento XVI, em uma sexta feira da paixão, respondendo a perguntas de expectadores, num programa na televisão italiana, disse que o fato de Jesus ter descido à mansão dos mortos significa que a sua morte abrange toda a humanidade, isto é, dela não são beneficiados apenas aqueles que vivem a partir da época de Cristo, mas também os que nasceram antes de Cristo. Outra interpretação, que merece ser sublinhada, vem do teólogo Von Balthasar. Ele diz que Cristo, descendo à mansão dos mortos, tornou-se o último da humanidade, alcançou os últimos e os redimiu.

Fonte: http://www.abiblia.org

quinta-feira, 17 de abril de 2014

Missa de Lava-Pés & A Ceia do Senhor

Com a missa vespertina da Ceia do Senhor, iniciamos o Tríduo Sagrado que nos introduz na dinâmica do mistério pascal de Cristo: a passagem da morte para a vida gloriosa do Ressuscitado. Na primeira leitura tirada do livro do Êxodo, o texto descreve como os judeus celebram a sua páscoa, cada ano, para fazer memória da sua libertação do Egito. A Páscoa para os judeus é memória da passagem de Javé que livra as casas dos israelitas da morte dos primogênitos e da passagem do Mar Vermelho, rumo à terra prometida. Nós cristãos, celebramos também a nossa páscoa, a páscoa de Cristo, a sua passagem deste mundo ao Pai, através da morte na cruz, da sua ressurreição e glorificação à direita do Pai. “Sabendo Jesus que chegava a sua hora de passar deste mundo para o Pai, tendo amado os seus que estavam no mundo, amou-os até o fim” (Jo 13,1).
Na Ceia de Quinta-Feira Santa, Jesus antecipou a entrega de sua vida, livremente e por amor. Nessa ceia, com os seus apóstolos, Jesus tornou presente, sacramentalmente, nos sinais do pão e do vinho, sua oferta ao Pai pela salvação de todos nós. “Isto é o meu corpo, que será entregue por vós”. “Este é o meu sangue da nova aliança, que será derramado por vós, para a remissão dos pecados.” A morte de Jesus na cruz é o sinal do seu amor extremo para conosco.
Jesus instituiu a Eucaristia que é a atualização do seu sacrifício, memorial de sua morte e ressurreição. “Todas as vezes, de fato, que comerdes deste pão e beberdes deste cálice, estareis proclamando a morte do Senhor, até que ele venha” (I Cor 11,26). É também a renovação da Ceia do Senhor na qual ele nos dá o seu Corpo e o seu Sangue como alimento de vida eterna. A Eucaristia é também sacramento da presença real do Cristo ressuscitado entre nós, para ser visitado, adorado e glorificado por nós e ser levado aos enfermos e idosos impossibilitados de participar da celebração eucarística.
Na Quinta-Feira Santa, juntamente com a Eucaristia, Jesus instituiu o Sacerdócio Ministerial. Ao dizer aos apóstolos: “Fazei isto em memória de mim”, Jesus quis ter a necessidade de homens que, consagrados pelo Espírito Santo, agissem em união íntima com a sua pessoa, para perpetuar, no tempo e no espaço o memorial de nossa redenção e para distribuir aos que se aproximassem da mesa do Senhor, o alimento da verdadeira vida. Hoje é um dia especial não só para agradecer o tesouro da Eucaristia, fonte e cume da vida cristã, mas também para tomar consciência da importância dos presbíteros na Igreja e do seu vínculo com o sacramento eucarístico.
“Dom e mistério é o sacramento do altar, dom e mistério é também o sacerdócio, tendo surgido os dois, a eucaristia e o sacerdócio, do Coração de Cristo durante a Última Ceia” (João Paulo II)
O gesto de Jesus de lavar os pés dos discípulos durante a Última Ceia narrado por São João, define toda a vida de Jesus: doação de toda a sua existência para a libertação do homem do pecado e do mal. Lavar os pés de alguém era, na antiguidade, uma tarefa própria de escravos. Jesus faz-se escravo e lava os pés dos seus discípulos. A cena do Lava-pés, ao lado da cruz, expressa o cume da doação de si mesmo que Jesus faz à humanidade na Eucaristia. Ao substituir a narração da Eucaristia pelo lava-pés, São João mostra-nos que a Eucaristia ao nos unir a Cristo, deve levar-nos também a solidariedade com os nossos irmãos. Comungar o Cristo, é comungar com o irmão. A cena do lava-pés que vamos rememorar daqui a pouco não pode reduzir-se a uma representação sentimental do gesto de Jesus, mas deve expressar o nosso propósito de traduzir esse gesto de Jesus em atos de amor e de serviço aos nossos irmãos na nossa vida cotidiana.
É impossível separar a Eucaristia do amor fraterno. A entrega total de Cristo na Última Ceia pede de todo discípulo seu que se coloque a serviço do irmão mais necessitado. “Se eu, Senhor e mestre, vos lavei os pés, também vós deveis lavar os pés uns dos outros. Dei-vos o exemplo, para que façais a mesma coisa que eu fiz” (Jo 13, 13-15). Lavar os pés uns dos outros significa fazer o bem aos outros, particularmente, aos mais necessitados. O Senhor Jesus nos convida a aprender dele a humildade e a coragem de retribuir sempre com a bondade e o perdão os que nos ofendem. Jesus manso e humilde de coração, fazei nosso coração semelhante ao vosso.
"Com gesto humilde e mais do que expressivo do que o Lava-pés, somos convidados a recordar o que o Senhor fez aos seus Apóstolos: lavando seus pés proclamou de maneira concreta o primado do amor, amor que se faz serviço até o dom de si mesmo, antecipando também assim o sacrifício supremo de sua vida que se consumará no dia depois do Calvário". (Papa Bento XVI, durante a Catequese sobre a Missa de Lava-pés, 2008)

quarta-feira, 16 de abril de 2014

Não é "feriadão", é SEMANA SANTA!

Não é "feriadão", é SEMANA SANTA... 


Semana de profunda reflexão eclesial e pessoal, semana de contemplação da Paixão de Nosso Senhor e semana da atualização do grande Mistério da Fé Cristã (Católica Apostólica Romana). Todas as semanas do ano são santas, porém esta é a SEMANA das semanas, a SEMANA por excelência. Semana em que recordamos a maior prova de amor que o SANTO dos santos teve por nós. Por cada gota de sangue e água que jorraram de seu lado aberto, de seu SAGRADO CORAÇÃO, façamos dessa SEMANA SANTA modelo para todas as semanas do ano. 

Que Nosso Senhor Jesus Cristo, nos abençoe e nos guarde em sua infinita bondade e misericórdia, AMÉM! A paz do Amado e o amor da Virgem do Carmo para todas aqueles que creem e não creem, um SANTA SEMANA!!! 

" Se quereis a glória de Cristo jamais a busqueis sem antes passar pela cruz de Cristo". [São João da Cruz - Doutor da Igreja, Carmelita Descalço e Reformador da OCD]

Um abraço carinhoso, Jullia Márcia da Paz.