AS TRÊS ÁRVORES
Por Roseli Busmair
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quarta-feira, 25 de dezembro de 2013
quinta-feira, 12 de dezembro de 2013
Virgem de Guadalupe - Fé & Ciência
Para o ateu moderno, acostumado a dar valor só ao que julga provado pela ciência, o milagre de Guadalupe, no México, é no mínimo constrangedor. Pois a ciência prova que houve milagre!mUma pessoa não totalmente atéia, mas profundamente contaminada pelo pensamento moderno, dizia-me que aquilo que não é provado cientificamente não existe. Mas — típica contradição da alma humana — não queria falar do Santo Sudário de Turim, pois as descobertas científicas sobre ele a abalavam; e se fosse obrigada a olhar o assunto de frente, teria de negar o valor da ciência ou... converter-se.
Vejamos o problema do ponto de vista desses amantes indiscriminados da ciência. Para eles, tudo aquilo que não se demonstra em laboratório entra para o domínio da fantasia. Ciências, com C maiúsculo, são para eles a Física, a Química, a Biologia, etc. Já a História lhes parece suspeita, pois é irrepetível e muito subjetiva, ao depender de testemunhas. Muito mais ainda se for história eclesiástica, e o auge do suspeito lhes parecem as histórias dos milagres. São como o Apóstolo São Tomé, que precisou ver para crer. Para esse tipo de almas incrédulas, que havia até entre os Apóstolos, Nosso Senhor realiza certo tipo de milagres, de forma que não possam alegar a falta de provas. E uma dessas provas é a imagem de Nossa Senhora de Guadalupe, no México
Breve resumo da história
No dia 9 de dezembro de 1531, na cidade do México, Nossa Senhora apareceu ao nobre índio Quauhtlatoatzin — que havia sido batizado com o nome de Juan Diego — e pediu-lhe que dissesse ao bispo da cidade para construir uma igreja em sua honra. Juan Diego transmitiu o pedido, e o bispo exigiu alguma prova de que efetivamente a Virgem aparecera. Recebendo de Juan Diego o pedido, Nossa Senhora fez crescer flores numa colina semi-desértica em pleno inverno, as quais Juan Diego devia levar ao bispo. Este o fez no dia 12 de dezembro, acondicionando-as no seu manto. Ao abri-lo diante do bispo e de várias outras pessoas, verificaram admirados que a imagem de Nossa Senhora estava estampada no manto. Muito resumidamente, esta é a história, que foi registrada em documento escrito. Se ficasse só nisso, facilmente poderiam os céticos dizer que é só história, nada há de científico.
A imagem miraculosa de Nossa Senhora
Os problemas para eles começam com o fato de ter-se conservado o manto de Juan Diego, no qual está impressa até hoje a imagem. Esse tipo de manto, conhecido no México como tilma, é feito de tecido grosseiro, e deveria ter-se desfeito há muito tempo. No século XVIII, pessoas piedosas decidiram fazer uma cópia da imagem, a mais fidedigna possível. Teceram uma tilma idêntica, com as mesmas fibras de maguey da original. Apesar de todo o cuidado, a tilma se desfez em quinze anos. O manto de Guadalupe tem hoje 475 anos, portanto nada deveria restar dele.
Uma vez que o manto (ou tilma) existe, é possível estudá-lo a fim de definir, por exemplo, o método usado para se imprimir nele a imagem. Comecemos pela pintura. Em 1936, o bispo da cidade do México pediu ao Dr. Richard Kuhn que analisasse três fibras do manto, para descobrir qual o material utilizado na pintura. Para surpresa de todos, o cientista constatou que as tintas não têm origem vegetal, nem mineral, nem animal, nem de algum dos 111 elementos conhecidos. “Erro do cientista” — poderia objetar algum cético. Difícil, respondemos nós, pois o Dr. Kuhn foi prêmio Nobel de Química em 1938. Além do mais, ele não era católico, mas de origem judia, o que exclui parti-pris religioso.
No dia 7 de maio de 1979 o prof. Phillip Serna Callahan, biofísico da Universidade da Flórida, junto com especialistas da NASA, analisou a imagem. Desejavam verificar se a imagem é uma fotografia. Resultou que não é fotografia, pois não há impressão no tecido. Eles fizeram mais de 40 fotografias infravermelhas para verificar como é a pintura. E constataram que a imagem não está colada ao manto, mas se encontra 3 décimos de milímetro distante da tilma. Para os céticos, outra complicação: verificaram que, ao aproximar os olhos a menos de 10 cm da tilma, não se vê a imagem ou as cores dela, mas só as fibras do manto.
Convém ter em conta que ao longo dos tempos foram pintadas no manto outras figuras. Estas vão se transformando em manchas ou desaparecem. No caso delas, o material e as técnicas utilizadas são fáceis de determinar, o que não acontece com a imagem de Nossa Senhora.
Os olhos da imagem
Talvez o que mais intriga os cientistas sobre o manto de Nossa Senhora de Guadalupe são os olhos dela. Com efeito, desde que em 1929 o fotógrafo Alfonso Marcué Gonzalez descobriu uma figura minúscula no olho direito, não cessam de aparecer as surpresas. Devemos primeiro ter em vista que os olhos da imagem são muito pequenos, e as pupilas deles, naturalmente ainda menores. Nessa superfície de apenas 8 milímetros de diâmetro aparecem nada menos de 13 figuras! O cientista José Aste Tonsmann, engenheiro de sistemas da Universidade de Cornell e especialista da IBM no processamento digital de imagens, dá três motivos pelos quais essas imagens não podem ser obra humana:
• Primeiro, porque elas não são visíveis para o olho humano, salvo a figura maior, de um espanhol. Ninguém poderia pintar silhuetas tão pequenas;
• Em segundo lugar, não se consegue averiguar quais materiais foram utilizados para formar as figuras. Toda a imagem da Virgem não está pintada, e ninguém sabe como foi estampada no manto de Juan Diego;
• Em terceiro lugar, as treze figuras se repetem nos dois olhos. E o tamanho de cada uma delas depende da distância do personagem em relação ao olho esquerdo ou direito da Virgem.
Esse engenheiro ficou seriamente comovido ao descobrir que, assim como os olhos da Virgem refletem as pessoas diante dela, os olhos de uma das figuras refletidas, a do bispo Zumárraga, refletem por sua vez a figura do índio Juan Diego abrindo sua tilma e mostrando a imagem da Virgem. Qual o tamanho desta imagem? Um quarto de mícron, ou seja, um milímetro dividido em quatro milhões de vezes. Quem poderia pintar uma figura de tamanho tão microscópico? Mais ainda, no século XVI...
Tentativa de apagar o milagre
Muitos não querem ouvir falar dessa imagem, que representa para eles problemas insolúveis. O anarquista espanhol Luciano Perez era um desses, e no dia 14 de novembro de 1921 colocou ao lado da imagem um arranjo de flores, dentro do qual havia dissimulado uma potente bomba. Ao explodir, tudo o que estava perto ficou seriamente danificado. Uma cruz metálica, que ficou dobrada, hoje se conserva no templo como testemunha do poder da bomba. Mas... A imagem da Virgem não sofreu dano algum.
E ainda ela está hoje ali, no templo construído em sua honra, assim como uma vez esteve Nosso Senhor diante do Apóstolo São Tomé e lhe ordenou colocar sua mão no costado aberto pela lança. São Tomé colocou a mão e, verificada a realidade, honestamente acreditou na Ressurreição. Terão essa mesma honestidade intelectual os incrédulos de hoje? Não sei, porque assim como não há pior cego do que o que não quer ver, não há pior ateu do que o que não deseja acreditar. Mas, como católicos, devemos rezar também por esse tipo de pessoas, pedindo a Nossa Senhora de Guadalupe que lhes dê a graça de serem honestas consigo mesmas.
Valdis Grinsteins
sexta-feira, 6 de dezembro de 2013
Nelson Mandela - Segundo Frei Patrício Sciadini, ocd.
“NELSON MANDELA, o gigante que nos ensinou a vencer o racismo”
Nelson Rolihlahla Mandela (18 de julho de 1918 - 05 de dezembro de 2013)
HOJE é um dia de luto para todas as pessoas boas, que desejam a paz não pelo caminho da violência mas sim da paz pelo dialogo. Um dialogo que `as vezes parece mudo e surdo mas na verdade quando se dialoga, alguém acaba por nos escutar. Morreu Nelson Mandela, um gigante da humanidade que passou, na sua vida, por varias fases. Da violência armada a não violência até chegar a ser o modelo de todos os que procuram um caminho de olhar nos olhos dos outros e buscar outros companheiros que pensam da mesma maneira. Assim foi Mandela ao longo de seus 95 anos.
Buscou, encontrou outras pessoas, escutou. Viu pessoas como Kennedy, Martin Luther King, João Paulo II, João XXIII e tantos outros. Sentiu que o mundo pode mudar quando encontramos pessoas que se unem.
É um momento de agradecer a Deus por este homem e pedir a Deus que nunca deixe faltar no mundo homens como ele e como tantos outros. `As vezes com fé diferentes, com idéias diferentes mas que no coração tem o mesmo amor pelo ser humano e pela liberdade.
Que Santa Teresinha nos envie do céu uma chuva de rosas e bençãos.
quinta-feira, 5 de dezembro de 2013
Beato Bartolomeu Fanti
Hoje os carmelitas celebram a memória facultativa do beato Bartolomeu Fanti, italiano nascido em Mântua (em italiano Mantova). Em 1452 já era sacerdote Carmelita da Congregação Mantuana e foi durante 35 anos, praticamente até a sua morte, diretor espiritual e reitor da Confraria da Bem-Aventurada Virgem Maria na igreja carmelita de sua cidade, para a qual escreveu a Regra e Estatutos, dedicando-se a esta tarefa com fervor e zelo, como se fazia necessário devido a importância social e religiosa desta Confraria.
Humilde e manso, foi para todos um exemplo de oração, generosidade e fidelidade no serviço à Deus. Distinguiu-se por seu amor à Eucaristia, centro de sua vida apostólica, e por sua devoção mariana.
Morreu em Mântua no dia 05 de dezembro de 1495 e seu corpo, depois de várias transladações, conserva-se hoje intacto na Catedral de Mântua. O decreto de confirmação de seu culto foi ratificado pelo Papa Pio X em 18 de março de 1909 e sua festa é celebrada no dia de sua morte.
Oração
Deus, nosso Pai, fizestes do Bem-Aventurado Bartolomeu Fanti um apóstolo do culto à Divina Eucaristia e da devoção à Santíssima Virgem Maria, concedei-nos, a nós também, a mesma riqueza espiritual que ele encontrou mediante a prática destas devoções.
Por Nosso Senhor Jesus Cristo. Amém.
segunda-feira, 2 de dezembro de 2013
ADVENTO: Espera pelo Menino Deus
A palavra “advento”
tem origem latina e significa “chegada”, “aproximação”, “vinda”. No Ano
Litúrgico, o Advento é um tempo de preparação para a segunda maior festa
cristã: o Natal do Senhor. Neste tempo, celebramos duas verdades de nossa fé: a
primeira vinda (o nascimento de Jesus em Belém) e a segunda vinda de Jesus (a
Parusia). Assim, a Igreja comemora a vinda do Filho de Deus entre os homens
(aspecto histórico) e vive alegre expectativa da segunda vinda d’Ele, em poder
e glória, em dia e hora desconhecidos (aspecto escatológico).
Como se estrutura o Tempo do Advento
O tempo do Advento
não tem um número fixo de dias e depende sempre da solenidade do Natal. Ele
começa na tarde (1ª Vésperas) do primeiro domingo após a Solenidade de Cristo
Rei e se desenvolve até o momento anterior à tarde (1ª Vésperas) do Natal. Ele
possui quatro semanas e, por isso, quatro domingos celebrativos. O terceiro
domingo do Advento é chamado de domingo da alegria (gaudete, em latim) por
causa da antífona de entrada da missa (Alegrai-vos sempre no Senhor), mostrando
a alegria da proximidade da celebração do Natal. O tempo do Advento se divide
em duas partes. A primeira, que vai até o dia 16 de dezembro, é marcada pela
espera alegre da segunda vinda de Jesus. A segunda, os dias que antecedem o
Natal, se destaca pela recordação sobre o nascimento de Jesus em Belém.
As figuras Bíblicas principais
do Advento
Dois personagens
bíblicos ganham destaque na celebração do Advento: Maria e João Batista. Ela
porque foi escolhida por Deus para ser a mãe do Salvador, e ele porque foi
vocacionado a ser o precursor do Messias. Ela se torna modelo do coração que
sabe acolher a Palavra e gerar Jesus. Ele se torna modelo de uma vida que sabe
esperar nas promessas de Deus e agir anunciando e preparando a chegada da
salvação. Em ambos se manifesta a realização da esperança messiânica judaica e
o anúncio da plenitude dos tempos.
São João Batista, Nossa Senhora e o Menino Jesus. |
A cor dos parâmentos
do altar e as vestes do sacerdote é o roxo, igual à da Quaresma, que simboliza
austeridade e penitencia. São quatro os temas que se apresentam durante o
Advento:
I Domingo
A vigilância na espera
da vinda do Senhor. Durante esta primeira semana as leituras bíblicas e a
prédica são um convite com as palavras do Evangelho: “Velem e estejam preparados,
pois não sabem quando chegará o momento”. É importante que, como uma família,
tenhamos um propósito que nos permita avançar no caminho ao Natal; por exemplo,
revisando nossas relações familiares. Como resultado deveremos buscar o perdão
de quem ofendemos e dá-lo a quem nos tem ofendido para começar o Advento
vivendo em um ambiente de harmonia e amor familiar. Desde então, isto deverá
ser extensivo também aos demais grupos de pessoas com as quais nos relacionamos
diariamente, como o colégio, o trabalho, os vizinhos, etc. Esta semana, em
família da mesma forma que em cada comunidade paroquial, acenderemos a primeira
vela da Coroa do Advento, de cor roxa, como sinal de vigilância e desejo de
conversão.
II Domingo
A
conversão, nota predominante da predica de João Batista. Durante a segunda
semana, a liturgia nos convida a refletir com a exortação do profeta João
Batista: “Preparem o caminho, Jesus chega”. Qual poderia ser a melhor maneira
de preparar esse caminho que busca a reconciliação com Deus? Na semana anterior
nos reconciliamos com as pessoas que nos rodeiam; como seguinte passo, a Igreja
nos convida a acudir ao Sacramento da Reconciliação (Confissão) que nos devolve
a amizade com Deus que havíamos perdido pelo pecado. Acenderemos a segunda vela
roxa da Coroa do Advento, como sinal do processo de conversão que estamos
vivendo.
Durante
esta semana poderíamos buscar nas diferentes igrejas mais próximas, os horários
de confissões disponíveis, para quando cheguar o Natal, estejamos bem
preparados interiormente, unindo-nos a Jesus e aos irmãos na Eucaristia.
III Domingo
O
testemunho, que Maria, a Mãe do Senhor, vive, servindo e ajudando ao próximo.
Na sexta-feira anterior a esse Domingo é a Festa da Virgem de Guadalupe, e
precisamente a liturgia do Advento nos convida a recordar a figura de Maria,
que se prepara para ser a Mãe de Jesus e que além disso está disposta a ajudar
e a servir a todos os que necessitam. O evangelho nos relata a visita da Virgem
à sua prima Isabel e nos convida a repetir como ela: “quem sou eu para que a
mãe do meu Senhor venha a visitar-me?
Sabemos
que Maria está sempre acompanhando os seus filhos na Igreja, pelo que nos
dispomos a viver esta terceira semana do Advento, meditando sobre o papel que a
Virgem Maria desempenhou. Propomos que fomentar a devoção à Maria, rezando o
Terço em família.
Acendemos como sinal de esperança gozosa a terceira vela, de
cor rosa, da Coroa do Advento.
IV Domingo
O anúncio do
nascimento de Jesus feito a José e a Maria. As leituras bíblicas e a prédica,
dirigem seu olhar à disposição da Virgem Maria, diante do anúncio do nascimento
do Filho dela e nos convidam a “aprender de Maria e aceitar a Cristo que é a
Luz do Mundo”. Como já está tão próximo o Natal, nos reconciliamos com Deus e
com nossos irmãos; agora nos resta somente esperar a grande festa. Como família
devemos viver a harmonia, a fraternidade e a alegria que esta próxima
celebração representa. Todos os preparativos para a festa deverão viver-se
neste ambiente, com o firme propósito de aceitar a Jesus nos corações, as
famílias e as comunidades. Acenderemos a quarta vela da Coroa do Advento, de
cor roxa.
|Sagrada Família |
Para aprofundar... Indicamos CIC, nos 1168 até 1171; no Compêndio do
Catecismo, perguntas de 241 e 242; no Youcat, perguntas de 184 até 186; e,
Sacrosanctum Concilium, parágrafos 102 e 105.
Fonte:
Arquidiocese
do Rio de Janeiro
ACI Digital
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